Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil
A Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil - IPRB é resultado da influência carismática que atingiu o protestantismo no Brasil nas décadas de 60 e 70 do século XX, alcançando várias denominações históricas. Na Igreja Presbiteriana do Brasil, tal influência provocou dissidências que levaram, em 1968, à organização da Igreja Cristã Presbiteriana, a ICP. Outro grupo, que se desligara da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, a IPI, organizou, em julho de 1972 a Igreja Presbiteriana Independente Renovada -a IPIR.
Logo os líderes dessas duas novas Igrejas perceberam que ambas tinham
muito em comum e envidaram esforços para uma união, o que aconteceu em 8 de janeiro de 1975, em Maringá,
PR, depois de dois anos de entendimentos. Surgia assim a IPRB, Igreja
Presbiteriana Renovada do Brasil, hoje a segunda maior denominação
presbiteriana do Brasil com mais de 120 mil membros.[carece de fontes] Professa a fé reformada e tem como marca distintiva a ênfase nos dons espirituais.
O Presbiterianismo e o Avivamento Espiritual
Por volta de 1962 teve início na Igreja Presbiteriana do Brasil de Goiânia
e congregações um movimento de renovação espiritual, levando-as a
buscar o batismo com o Espírito Santo e a renovação espiritual. Quatro
núcleos da Igreja Presbiteriana do Brasil foram alcançados pelo
avivamento espiritual: eram os presbitérios de Cianorte, Brasil Central, São Paulo e Vitória. Esses grupos se tornaram expressivos, porém não tinham espaço na IPB.
Alguns pastores e presbíteros foram disciplinados por aceitarem
práticas pentecostais e esses presbitérios acabaram por se desligar da
igreja, formando presbitérios isolados. Em 1968, após uma reunião em Cianorte, PR, sob a liderança do Rev. Jonathan Ferreira dos Santos, foi criada a Igreja Cristã Presbiteriana – ICP, reunindo majoritariamente os presbitérios de Cianorte e Brasil Central.
Na Igreja Presbiteriana Independente do Brasil o avivamento vinha desde os anos 1950 e possuía um grande entusiasta, o Rev. Azor Etz Rodrigues, pastor da igreja de Assis, SP. Os anos de 1960 também foram de intenso avivamento nas igrejas dos Estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Até 1967,
os líderes do movimento eram o Rev. Jobel Cândido Venceslau, pastor em
Campo Mourão, Paraná; o Rev. Abel Amaral Camargo, pastor titular da IPI
de Assis. Em junho de 1968, em uma reunião de pastores e presbíteros
promovida pelo Sínodo Meridional da IPI, em Londrina,
e com a presença do Rev Antonio Elias, da IPB, muitos pastores tiveram
uma experiência carismática, entre eles o Rev. Ner de Moura, pastor da
IPI de Ponta Grossa, e o Rev. Palmiro Francisco de Andrade, pastor da IPI de Joinville e presidente do Sínodo. Em pouco tempo o movimento de renovação carismática havia ganho um grande espaço na IPIB, alcançando diversas igrejas, inclusive na região Nordeste do Brasil.
Entretanto, os chamados "renovados" foram ficando sem ambiente dentro
da denominação e logo surgiram as desavenças conciliares. Sem voz no
órgão oficial da igreja, em janeiro de 1972,
o Rev. Azor Etz Rodrigues juntamente com os reverendos Abel Amaral
Camargo, Palmiro Francisco de Andrade e Nilton Tuller, fundam, em Assis,
o Jornal Aleluia. No final daquele mês, houve a reunião do Supremo Concílio em Brasília
onde foi aprovada por unanimidade a resolução que dava poderes aos
concílios menores para disciplinar os pastores e presbíteros que
insistissem no movimento de renovação. Com isso, em 8 de julho de 1972, em Assis, foi fundada a Igreja Presbiteriana Independente Renovada do Brasil
com 11 pastores (sendo 10 oriundos da IPIB) e 33 presbíteros. A
primeira diretoria foi constituída pelas seguintes pessoas: Rev. Palmiro
Francisco de Andrade, presidente; Rev. Abel Amaral Camargo,
vice-presidente; presbítero Jamil Josepetti, primeiro secretário;
presbítero Djalma Barbosa de Oliveira, segundo secretário e presbítero
Jesus Gualda Peres, tesoureiro.
A união das duas igrejas
Em 08 de janeiro de 1975, em Maringá, PR, reuniram-se 34 pastores da IPIR e 25 da ICP para formalizarem a união e fundar a Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil. Os pastores fundadores foram:
IPIR 1. Abel Amaral Camargo 2. Adolfo Neves 3. Altair Batista
Linhares 4. Altair Monteiro da Silva 5. Alvino de Paula Neves 6. Antonio
Ferreira Sobrinho 7. Ariovaldo Cardoso de Oliveira 8. Daniel Pereira de
Almeida 9. Ernesto Swartele 10. Gérson Pereira 11. Gordon Chown
12. Idelfonso de Souza 13. Jair de Andrade 14. Jerson de Paula Neves
15. João Bernardino da Silva 16. João Maria Correia 17. Jobel Cândido
Venceslau 18. Joel do Prado (Minas Gerais) 19. Joel do Prado (Paraná)
20. José Zaponi 21. Laércio Dias 22. Lauro Celso de Souza 23. Leonardo
de Araújo 24. Luís Carlos Dal Bem 25. Manoel Messias Pereira 26.
Natanael Antonio Palazin 27. Ner de Moura 28. Nilton Tuller 29. Osvaldo
da Silva Borges 30. Otoniel Antonio de Sousa Filho 31. Palmiro Francisco
de Andrade 32. Ronaldo Tavares 33. Walter Birseneck 34. Vicente Felipe
de Souza
ICP 1. Abel Ferreira Cortes 2. Ananias Lobach 3. Celsino Marques de Azevedo 4. Dario José Caetano 5. Décio de Azevedo
6. Drumond de Oliveira Caixeta 7. Enoch Pereira Borges 8. Giezi Marques
de Azevedo 9. João Luís da Silva 10. Joaquim Vidal de Ataídes 11. Joaz
Eller Marques 12. Jonathan Ferreira dos Santos
13. José Berto de Araújo Neto 14. Leobino Lopes da Silva 15. Leopoldo
Pereria da Mota 16. Nagipe Morais Amim 17. Otávio Paulino de Farias 18.
Paulo de Oliveira Brasil 19. Renato de Paula Machado 20. Sebastião
Ramiro dos Santos 21. Tetsuya Tokano 22. Valdir Zazonov 23. Wagner
Teodoro da Silva 24. Walter Batista de Carvalho 25. Evangelista João Alves Veloso